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sexta-feira, agosto 18, 2006

1,2 milhão sem água em Manaus


Aproximadamente 1,2 milhão de pessoas ficaram sem água ontem, por conta das obras feitas pela Águas do Amazonas no Complexo da Ponta do Ismael, responsável por 80% do abastecimento de Manaus - a cidade tem aproximadamente 1,8 milhão de habitantes, segundo o IBGE. A justificativa da empresa é de que a reforma permitirá o beneficiamento de 50 mil moradores das Zonas Norte e Leste, que não têm água regularmente.

Segundo a empresa, o abastecimento voltou a se regularizar a partir das 17h de ontem. As áreas próximas à Ponta do Ismael, como Zonas Centro-Sul e Oeste terão o sistema regularizado amanhã (hoje). Já as comunidades mais distantes, nas Zonas Norte e Leste, devem ter o funcionamento normalizado na sexta-feira (amanhã), ou pelo menos, mais horas para abastecimento.

Por conta da paralisação no abastecimento, seis unidades de saúde solicitaram o apoio de carros-pipa à Águas do Amazonas, para poder funcionar durante o dia de ontem. Foram estes o Centros de Atenção Integral à Criança (CAIC) da Compensa, os pronto-socorros municipais 28 de Agosto e João Lúcio, o Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), além de um hospital do Educandos e uma maternidade do bairro Alvorada. Não foram registrados incidentes nessas unidades por conta do desabastecimento.

Cinco escolas da rede municipal, na Zona Sul, funcionaram somente pela manhã ou liberaram os alunos da tarde mais cedo. Uma escola da Zona Norte não funcionou o dia inteiro. Por indicação da Secretaria Estadual de Saúde (Seduc), as escolas estaduais que não possuíssem poços artesianos também puderam ficar ser expediente.

As aulas na escola estadual Marcantônio Vilaça ocorreram normalmente, pelo fato de possuir poço artesiano. No entanto, o professor Luiz Keliton ressaltou que o problema é maior do que parece. "Na escola tem água, tudo bem, mas na casa de muito alunos, faltou".

Foi o que aconteceu com o aluno do 3º ano do Ensino Médio Igor Santana, 17. Ele mora no bairro de Flores, Zona Centro-Sul, onde não havia água desde as 5h de ontem. "Na minha casa não tem poço nem caixa d'água. Tive que acordar às 4h só para tomar banho", explicou ele, que saiu da escola às 17h30 sem saber se poderia se lavar ao retornar para casa.

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