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sexta-feira, agosto 18, 2006

Conferência do IBRAM vai apresentar avanços do setor mineral


Até o ano 2010, o Pará terá 13 municípios mineradores – atualmente são oito produzindo em grande escala. Esse aumento vai surtir efeito sobre a produção mineral, que dos atuais R$ 5,8 bilhões passará para R$ 13 bilhões. Mas independente disso, o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Paulo Camillo Penna, diz que o problema não é ser o primeiro ou segundo, ou mesmo terceiro produtor de bens minerais. “O que o IBRAM defende é a exploração racional, dentro da legislação vigente e com elevada responsabilidade social”.

Paulo Camillo, que no próximo dia 24 estará conduzindo na Fiepa, em Belém, a I Conferência sobre Responsabilidade Social e Ambiental, garante que os estados da Amazônia têm desenvolvido projetos com competência, principalmente o Pará, que conta com uma gama muito diversificada em recursos minerais. “Iniciamos com o ciclo do ouro, depois veio o alumínio, seguido do ferro e do manganês. Hoje, estamos na etapa de exploração do cobre, mas já começando com o níquel. E todos de escala planetária. Isso certamente levará o Pará a se consagrar, cada vez mais, como um grande estado minerador. Porém, o mais importante é que a indústria de base mineral se insira nas comunidades com ganhos sociais e retorno a todos os paraenses”, afirma.

A realização da Conferência faz parte de uma comunicação mais ativa entre o setor mineral e a sociedade na região amazônica. Paulo Camillo utiliza o termo “licença social” para definir a convivência econômica, social, ambiental entre as empresas mineradoras e a população local. Em 30 anos de atuação do IBRAM (fundado em 1976), ele relembra que o maior desafio à época era “desmitificar” a idéia de que a extração de minério estava ligada à poluição. “Atualmente, as atenções estão mais voltadas ao desenvolvimento promovido pelo setor”, comunica.

Na mineração industrial, antes de iniciar a extração, é feita uma pesquisa para verificar o comportamento e a geometria do minério, demandando tempo relativamente longo. Para se ter uma idéia, o tempo médio entre a descoberta de uma ocorrência mineral e o início da lavra do minério nunca é inferior a dez anos. A Província Mineral de Carajás foi descoberta em 1967 e só entrou em operação em 1985. A Mineração Rio Norte embarcou o primeiro navio em 1979, mas desde 1965 já se sabia da existência de bauxita em Trombetas. Por outro lado, a bauxita de Paragominas, que foi descoberta no início da década de 70, só entrará em produção no ano que vem.

Segundo o diretor-presidente do IBRAM, é possível equacionar tudo o que se refere à engenharia econômica e a ambiental, mas a engenharia social ainda é um grande desafio, tendo em vista que os projetos minerais, de um modo geral, são implantados em áreas com alta carência, em todos os níveis. “Quando o empreendimento vai se inserir na comunidade, é obrigado a criar programas que atendam ao anseio de todos”.

Ações - Representantes de grandes mineradoras instaladas no Pará vão expor suas ações nas áreas de responsabilidade social (apoio ao desenvolvimento de comunidades) e de preservação e conservação ambiental. Alberto Rogério, consultor técnico do IBRAM Amazônia, diz que a iniciativa tem significado especial para a região, na qual a expansão do setor mineral mostra-se eficaz à medida em que promove a responsabilidade socioambiental.

Entre as palestras, Waldemir Queiroz, gerente de Maio Ambiente, Saúde e Segurança da Imerys RCC, vai falar da Experiência do Pará em relacionamento com a Comunidade. A Mineração Rio do Norte, por meio do gerente de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Relações Comunitárias, Ademar Cavalcante Silva Filho, vai entrar com as Contribuições da MRN para o Alcance dos Oito Objetivos do Milênio (ONU). Olinta Cardoso, diretora de Comunicação da Companhia Vale do Rio Doce vai falar sobre a Responsabilidade Social da Vale no Pará e Hélcio Guerra, presidente da Cadam/PPSA, sobre os 30 anos do Caulim na Amazônia. Especialistas de nível nacional também vão estar à frente de palestras sobre desenvolvimento sustentável e gestão ambiental.


Serviço
I Conferência Sobre Responsabilidade Social e Ambiental
Data: 24 de agosto
Local: Auditório Albano Franco, na Fiepa, em Belém
Horário: Das 8h30 às 19h30

Inscrições: pelo email
paula@temple.com.br ou telefone (91) 3229.6468. Vagas limitadas.

Programação

09h - Abertura.

09h30 - Tema 1: "Perspectivas da Mineração na Região Norte do Brasil - Os Desafios do Desenvolvimento Sustentável".
Palestrante: Eduardo Martins - Diretor da E. Labore Assessoria Estratégica em Meio Ambiente (ex-presidente do IBAMA)
Palestra: 30 minutos. Debate: 20 minutos.
10h40 - Tema 2: "Experiência do Pará em Relacionamento com a Comunidade".
Palestrante: Waldemir Queiroz - Gerente de Meio Ambiente, Saúde e Segurança da Imerys RCC.
Palestra: 30 minutos. Debate: 20 minutos.
11h30 - Tema 3: "Contribuições da MRN para o alcance dos Oito Objetivos do Milênio(ONU)".
Palestrante: Ademar Cavalcante Silva Filho - Gerente de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Relações Comunitárias da MRN.
Palestra: 30 minutos. Debate: 20 minutos.
15h - Tema 4: “Responsabilidade Social da Vale no Pará”
Palestrante: Olinta Cardoso - Diretora de Comunicação - CVRD.
Palestra: 40 minutos. Debate: 20 minutos.
16h15 - Tema 5: “30 anos do Caulim na Amazônia".
Palestrante: Júlio Nery - Diretor de Operações da CADAM/PPSA.
Palestra: 40 minutos. Debate: 20 minutos.
18h - Tema 6: "A Atual Gestão Ambiental - Riscos e Possibilidades para Prática da Mineração”
Palestrante: Patrícia Helena Gombogi Boson - Consultora do IBRAM na área de recursos hídricos.
Palestra: 40 minutos. Debate: 20 minutos.
19h Encerramento.
19h30
Exposição dos “30 anos do Caulim na Amazônia”.





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