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sábado, agosto 19, 2006

VIOLÊNCIA CONTRA MULHER


Mulher tem o corpo queimado pelo companheiro

Manaus - Pedreiro Mauro da Silva, 29, agrediu a companheira Roberta Leal, 29, jogando-lhe café quente. A mulher teve queimaduras de até segundo grau. Roberta Leal é uma das quase seis mil vítimas de violência contra a mulher que denunciaram o parceiro à polícia só nos primeiros sete meses do ano.

A vendedora de churrasquinho Roberta Leal, 29, está com queimaduras de 1º e 2º graus por todo o lado direito do corpo. Segundo ela, os ferimentos foram causados por seu ex-marido. Ele despejou café fervendo na vendedora de churrasco, de acordo com registro feito na Delegacia Especializada de Crimes Contra a Mulher (DECCM).

Roberta Leal é uma das quase seis mil vítimas de violência contra a mulher que denunciaram o parceiro à polícia só nesse primeiros sete meses do ano. Embora a Lei Maria da Penha - que pune os agressores de mulheres com penas de até três anos de prisão - tenha sido sancionada no último dia 7 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, só passará a vigorar, efetivamente, no dia 21 de setembro - 45 dias após a sanção. É o que determina o Diário Oficial da União (DOU).

Agressão
O incidente que envolveu Roberta aconteceu na sexta-feira passada, dia 11, por volta das 16h30. Seu filho mais novo, uma criança de seis anos, assistiu ao pai jogando café quente na mulher.

Depois de ferir Roberta, o ajudante de pedreiro Mauro César Pereira da Silva, 29, chegou a ameaçar de morte as vizinhas que socorreram Roberta caso elas o denunciassem à Polícia.
Uma delas disse que ainda viu o acusado sentado, tranqüilamente, numa cadeira de embalo, em frente de casa, enquanto a mulher era levada ao Pronto-Socorro Municipal 28 de agosto. Roberta ficou internada durante sete dias. Teve alta na quinta-feira passada.

Na noite do mesmo dia (11/08), o agricultor Agleildo Alves da Silva, 27, esfaqueava onze vezes a mulher, a vendedora de banana frita Maria Aparecida Moraes, 29. O motivo? Ela teria mentido para ele. "Disse que foi trabalhar e não foi. Ainda deixou nossos filhos para eu tomar conta", afirma ele, que está preso na (DECCM) por tentativa de homicídio.

Agleildo conta que antes de esfaquear a mãe de seus filhos, já havia agredido a vendedora de banana frita outras vezes. "É briga normal de casal", diz.

A tentativa de homicídio aconteceu por volta das 19h. Aparecida chegou em casa e já foi recebida com as facadas do marido. Ela vive com Agleildo há oito anos e tem um casal de filhos com ele - um de 3 e outro de 4 anos. Seu primo foi quem denunciou o crime à polícia.
O agricultor foi preso pela Polícia Militar (PM) na última quarta-feira por volta do meio dia. Na delegacia, confessou a tentativa de homicídio.

Casos recorrentes
Casos como este são comuns nesta Especializada, segundo a delegada titular Catarina Saldanha. De janeiro a maio deste ano, foram registradas 4.281 ocorrências contra mulheres. A maioria dos casos é referente à lesão corporal, ameaça e vias de fato (empurrão, tapa e puxão de cabelo). Em seguida vêm as queixas por calúnia, injúria e difamação.

Em junho e julho, os números não foram diferentes. Ficaram, em média, em 850 casos por mês, o equivalente a 29 registros diários.

Conforme relato da vizinha Ana ( nome fictício) o pedreiro sempre bateu em Roberta. "Ele sempre bateu nela. A vizinhança inteira é testemunha. Uma vez quase deixa a Roberta cega. Ele bateu na cabeça dela com uma gaveta. Em outra, lembro bem que estava chovendo quando a briga começou. Os filhos sempre assistiram a toda essa violência", conta a vizinha da vendedora de churrasco Roberta Legal;

Segundo Ana,, Roberta chegou a denunciar algumas vezes o marido por agressão, mas nunca foi adiante no processo. Agora, Mauro César Pereira, 29, fugiu. Não mora mais no endereço que vivia com a mulher e os filhos, no bairro Riacho Doce 2.

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